A campanha do Laço Branco está presente em mais de 50 países em todos os continentes e é apontada pela ONU como uma das maiores iniciativas mundiais direcionadas para a temática do envolvimento de homens com a violência contra a mulher.
A campanha do Laço Branco tem o objetivo de sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher, a partir de diversas ações realizadas por diferentes setores da sociedade que se encontram engajados na luta pela promoção da equidade de gênero e superação das desigualdades entre homens e mulheres
Conheça a história dessa campanha:
No dia 6 de dezembro de 1989, um rapaz de 25 anos (Marc Lepine) invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Montreal, Canadá. Ele ordenou que os homens se retirassem da sala e gritando para as estudantes que permaneceram: “vocês são todas feministas!”, começou a atirar, assassinando a queima roupa, 14 mulheres. Em seguida, Lepine suicidou-se. O rapaz deixou uma carta, na qual afirmava que havia feito aquilo, porque não suportava a ideia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente dirigido ao público masculino.
O crime mobilizou a opinião pública de todo o país, gerando um amplo debate sobre as desigualdades entre homens e mulheres e a violência. Surgia assim a primeira campanha do Laço Branco, criada por homens, que elegeram como símbolo, o laço branco e adotaram como lema: “jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos frente a essa violência”.
A partir desse acontecimento, o dia 25 de novembro foi proclamado pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM), como o Dia Internacional de Erradicação da Violência Contra a Mulher. O dia 6 de dezembro foi escolhido para que a violência cometida contra aquelas estudantes canadenses não fosse esquecida e a Campanha do Laço Branco é uma maneira de homenagear aquelas mulheres brutalmente assassinadas apenas pelo fato de serem mulheres.
A campanha se espalhou pelo mundo e chegou ao Brasil, onde é lembrada por diversas organizações e entidades que lutam pela equidade de gênero, entre elas a ONG Reprolatina que trabalha e luta pelo empoderamento das mulheres e pela promoção da igualdade de direitos, assim como pelo pleno exercício dos direitos sexuais e reprodutivos.
Convidamos cada um/a de vocês para tomar consciência sobre a importância dessa e de outras campanhas como os 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres, se engajando nas ações pelo fim da violência contra as mulheres.